segunda-feira, 7 de maio de 2007

NAVIOS


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encontrar os caminhos perdidos,
sem rumo, nem direcção.
vão não sei para onde,
nem como,
nem quando hão-de partir ou chegar…
caminham… braços contrapartidos,
abraçam caminhos estreitos e bocas líquidas…
entumecem corações quentes, mornos, frios… ou vice-versa…
beijos roubados que não pertencem,
cândida flor, pedra doce,
amores sem donos, sem rei, nem lei…
dorso do mundo, paraíso de Baco,
encontro de sensibilidades que trepam meigos pelos corações apaixonados,
navios alienados a deriva inocência,
porto seguro de um ilhéu
descansam o leme...
... antes de se perderem novamente...
não sei onde,
nem como,
nem quando hão-de chegar e partir…
sem direcção…
pedaços de madeira a boiar numa imensa tina azul...

[vivianne nascimento]


sem data, nem hora.
nenhures.

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um poema meu, numa das minhas circunstâncias divinas
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foto: Marília Campos

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